segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

FESTA DE NATAL

FESTA  DE  NATAL





 
 























 
Mais uma vez, a Universidade Sénior vestiu os melhores trajes e revestiu-se de exuberante alegria e fraternidade para celebrar o seu Natal.
Ao meio-dia do pretérito dia 16, numerosos professores e alunos participaram na Eucaristia na Igreja da S.ª da Piedade. Presidiu à celebração o Prof.-Capelão, P. Artur de Oliveira, coadjuvado pelo Pároco, P. António Bento.
Após a fotografia histórica, foi servido um excelente almoço no Centro Paroquial, dando-nos a honra da sua presença, o Presidente da Câmara, Paulo Fonseca.
Depois da refeição, seguiu-se um pequeno acto de variedades, precedido por palavras de agradecimento aos colaboradores pelo presidente da Direcção, António Baptista.
Nota francamente agradável foi, logo na abertura, a visita feita por um grupo de alunos da Escola Secundária para contracenar com a turma de Educação Física da Universidade. Foi um belíssimo momento, este, de encontro entre gerações bastante diferentes permutando sentimentos de alegria comum. De parabéns está, mormente, a Professora de ambas as classes, Inês Marques.
Momento também inesperado foi a revelação do estudante António Santos Sousa, o qual, em diálogo com Emília Vieira Pereira, de forma improvisada, souberam arrancar fartos aplausos da assistência.
Seguidamente apresentou-se o novo grupo de folclore da Universidade, dirigido pelo Prof. António Sousa, que trouxe a graça dos trajes garridos e dos cantares regionais, sendo outrossim muito aplaudidos.
No decorrer da festa, houve ocasião para a venda de rifas pela diligente «Mariazinha», da quermesse organizada pelas alunas Irene Marques e Graciete Marques.
E como sempre, a aluna Manuela Jorge - a «Lèlita» - deixou-nos mais uma vez patente a marca perene da sua juventude.
Com a permuta de prendas entre todos, terminou no meio de visível satisfação, a bonita festa de Natal entre os professores e os alunos da Universidade.
Bem hajam todos, com renovados votos de Santo Natal e Feliz Ano Novo!







quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

O NATAL NA UNIVERSIDADE SÉNIOR…

Como é já tradição, a Universidade Sénior vai realizar a sua festa de Natal, no próximo dia 16, celebrando a Eucaristia, pelo meio-dia, na Igreja da Senhora da Piedade. Seguidamente, tem lugar a refeição em comum e um acto de variedades no Centro Paroquial.
Neste ano, porque a austeridade bate à porta de todos… pensou a Direcção organizar um sorteio de prendas e promover a venda do conjunto dos 3 números já publicados da revista «AUREN» - à disposição nas livrarias de Ourém.
Estimado Leitor: Já ouviste falar, algum dia, nos vários cursos… nas aulas e nos passatempos da Universidade Sénior? Porque não vais até lá, - se és maior de 50 anos?
Antigamente, íamos à Câmara para “pagar a décima”. Agora, não. Vamos lá para receber mais conhecimentos e encontrar outros amigos.
Ouriense que me lês: Vem até à velha Câmara e, além do mais, estuda lá a Língua Portuguesa, também o Inglês, mais a Informática, e recorda ainda a História de Portugal. Pratica também a Educação Física, assiste ao Teatro e atende aos Cuidados de Saúde.
Nunca é tarde para aprender e…só todos é que sabemos tudo!
Feliz Natal!!

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Curso com Monsenhor Luciano Guerra

Na próxima 4ª feira, 14 de Dezembro, pelas 15 horas, Mons. Luciano Guerra prossegue o seu curso/seminário no salão da Junta de Freguesia da S.ª da Piedade, junto ao antigo edifício da Câmara de Ourém.
O tema “Peregrinação às fontes da vida” irá ser desenvolvido na sequência das propostas do professor e das sugestões dos alunos.
Trata-se dum curso livre que vai prolongar-se, mensalmente, até Junho. Encontra-se aberto a todas as pessoas interessadas. Todos serão bem-vindos!

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

AOS OURIENSES, MAIORES DE 50 ANOS


Vai para quatro anos, existe na sede do Concelho uma escola chamada Universidade Sénior, para estudantes maiores de 50 anos. Nesta escola há aulas todos os dias, de manhã e de tarde. Os alunos escolhem as aulas, conforme o seu gosto.
Não há exames, nem exigências. Há apenas um «Regulamento» para cumprir no convívio diário, entre todos, e na aprendizagem dos cursos escolhidos.
Este ano, ensinam na Universidade cerca de 30 professores sobre diferentes matérias: a história, a literatura, o teatro, as artes, o inglês (elementar e avançado), a informática, a música, a dança, os cuidados de saúde, a educação física, e outros cursos.
Existem alunos para aprender a leitura e a escrita, assim como existem alunos, altamente graduados, que vêm para actualizar ou desenvolver os seus conhecimentos. É uma característica própria das «Universidades da Terceira Idade». Nunca ninguém sabe tudo!
Prezado Leitor: talvez esteja interessado nalgum dos cursos acima referidos. Mesmo que seja somente para passar melhor o tempo ou encontrar algum amigo. Mas não esqueça: nunca é tarde para aprender!
A propina mensal é de dez euros. Quem não pode contribuir, pode assistir de graça. A Direcção da Universidade resolve cada caso.
Embora as aulas tenham começado em Outubro, as inscrições estão abertas ao longo do ano. No antigo edifício da Câmara Municipal.

sábado, 26 de novembro de 2011

FRANCISCO VIEIRA DE FIGUEIREDO

(No 4º Centenário)


Talvez não conheça a vida deste ouriense. Era uma criança muito simples. Mais tarde foi uma personalidade muito importante na história dos Portugueses no Oriente. Não conhecemos igual.
Nasceu no Zambujal há 400 anos. Mas sua família era também do Regato e de Peras Ruivas.
O número 3 da Revista AUREN, da Universidade Sénior, traz agora um relato bastante desenvolvido e muito documentado, sobre a vida heróica deste nosso conterrâneo. Vale a pena ver.
Caríssimo Leitor: por ocasião do Natal e Ano Novo não gostaria de oferecer aos seus familiares, ou amigos, a revista da Universidade Sénior? Seria uma boa forma de conhecer e divulgar a nossa história e os nossos valores.
Bem haja, por isso!

domingo, 6 de novembro de 2011

Curso com Mons. Luciano Guerra


No próximo dia 16 de Novembro, pelas 15 horas, Monsenhor Luciano Guerra dará início ao curso mensal, desenvolvendo o tema seguinte: «Peregrinação às fontes da vida».

As sessões terão lugar no salão nobre da Junta de Freguesia da Senhora da Piedade e estão abertas a todos os alunos, professores e amigos da Universidade.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

ABERTURA DO ANO LECTIVO(2011 – 2012)
No passado dia 26 de Outubro, pelas 17 horas, teve lugar no Salão dos Bombeiros de Ourém, gentilmente cedido para o efeito, a sessão solene de abertura de aulas do novo ano lectivo da Universidade.

Da mesa faziam parte, além do Presidente da Direcção, António Rodrigues Baptista, o Presidente da Câmara Municipal, Paulo Fonseca, a Presidente da Assembleia Municipal, Deolinda Simões, também o Presidente da Assembleia Geral da Associação Sénior, Mário Albuquerque, e os Presidentes das Juntas de Freguesia de Nª Sª da Piedade e de Atouguia, José Vieira e Manuel Tavares Lopes, respectivamente.

O evento começou com a actuação da orquestra de clarinetes da “Ourearte”, orientada pelo professor Tiago Alves. A apresentação, bem como a de outros intervenientes, foi sendo feita pela aluna Manuela Jorge «Lèlita».

Seguidamente, o Presidente da Universidade dirigiu algumas palavras à assistência. A tónica do seu discurso centrou-se na apresentação do nº 3 da Revista AUREN e do seu desenvolvido sumário. Adiantou sobretudo alguns pormenores sobre o seu conteúdo, nomeadamente acerca da figura de Francisco Vieira de Figueiredo, natural do Zambujal (de Ourém, hoje Atouguia) e da sua vida e acção no Extremo Oriente como mercador e diplomata ao serviço dos Vice-Reis da Índia e do Reis de Macaçar (Ilha de Celebes), na Insulíndia.
Antes de terminar a exposição, António Baptista quis dirigir um especial agradecimento à Professora Maria Graciete Baptista e também ao Prof. Manuel Vieira Rodrigues pelo trabalho desenvolvido em prol da Instituição, desde a sua origem, em 2008.

Para dar a conhecer ao público aquilo que foram as actividades promovidas ao longo do ano findo, foram apresentadas por Mª Graciete Baptista algumas imagens dessas iniciativas, tendo a colaboração da funcionária da secretaria, Beatriz Silva.

No final tomou a palavra o Presidente da Câmara para dizer que, desde a criação da Universidade, sempre esteve presente nas sessões solenes de abertura das aulas, que classificou como uma boa concorrente dos Lares de Idosos, por força da actividade dirigida à camada sénior.
No que respeita aos apoios, Paulo Fonseca referiu a cedência de uma parte das antigas instalações da Câmara, que poderão continuar a ser utilizadas pela Universidade até haver oportunidade de sofrerem obras de restauro. Entretanto, afirmou que, como se encontra livre o antigo edifício da Escola Primária em frente ao novo edifício da Câmara, tais instalações irão ficar disponíveis para lá fazer um Centro Comunitário de Voluntariado e onde a Universidade terá um espaço para as suas actividades.

O evento terminou com um “Porto de Honra”, oferecido pela Associação Sénior de Ourém.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

ABERTURA SOLENE DA UNIVERSIDADE

No próximo dia 26, pelas 17 horas, no salão nobre dos Bombeiros de Ourém, terá lugar a abertura do ano académico de 2011-12.
Alguns momentos irão assinalar esta sessão solene, designadamente o lançamento do nº 3 da Revista AUREN. Esta publicação inclui este ano, além do mais, uma biografia com vários documentos, inéditos até hoje, sobre Francisco Vieira de Figueiredo, procurando registar, deste modo, o seu nascimento no Zambujal, há 400 anos!
Para o acto estão convidados os membros das autarquias e das associações, professores e estudantes, bem como todos os amigos que queiram associar-se ao projecto da Universidade. Todos serão bem-vindos!

domingo, 25 de setembro de 2011

INÍCIO DO ANO LECTIVO (2011/2012)



A todas as pessoas (maiores de 50 anos) interessadas na frequência da Universidade no próximo ano lectivo, comunicamos que as aulas começam no próximo dia 3 de Outubro. A abertura solene será feita em data ulterior, com o lançamento da revista AUREN, nos moldes dos anos transactos. As inscrições mantêm-se abertas.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

NO LIMIAR DO QUARTO ANO


Entramos no 4º ano de vida escolar activa na Universidade Sénior de Ourém.
No decurso dos três primeiros anos, várias centenas de estudantes e professores frequentaram (diariamente) as aulas, transmitindo e permutando conhecimentos e saberes, - que vão das Ciências Humanas até às diferentes Artes e Tecnologias.
Está à vista uma verdadeira revolução cultural, na aprendizagem e no convívio diário para os adultos…que nasceu praticamente do nada.
Voltamos a repetir: em Ourém, hoje, todas as pessoas podem ter acesso, com liberdade plena, à cultura e ao saber!
E em Ourém, como noutras Universidades seniores existentes no País (sendo algumas suportadas inteiramente pelas Autarquias), existem professores com muitos anos de experiência no ensino, que colaboram, graciosa e gratamente, no desenvolvimento cultural de todos os cidadãos.
Entre nós, até podemos começar a dizer com razão: Ourém é uma Escola!
A USO é, portanto, uma instituição que conta nos seus registos já com várias centenas de alunos. Amanhã… seremos milhares.
As inscrições estão abertas. Continuamos no 1º andar do antigo edifício da Câmara Municipal. Este ano teremos alguma renovação em diversas disciplinas. Também teremos seminários e cursos mensais, além das visitas de estudo, que anunciaremos ao longo do ano.
Que as pessoas (maiores de 50 anos) interessadas pela cultura e pelo saber, passem para obter informações. Em seguida, façam livremente a inscrição. Se algum aluno não puder pagar a propina mensal, não deixe de estudar. A Direcção julgará cada caso.
Todos serão bem-vindos!


As aulas (lectivas) começam no dia 3 de Outubro.


António Rodrigues Baptista
(Presidente da Direcção
)

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Jantar de Alunos e Professores

Tal como vem sendo tradição na Universidade Sénior de Ourém, teve lugar, no passado dia 8 de Julho, um jantar oferecido pelos alunos aos professores, no Centro Paroquial de Nª Sª da Piedade.

Após a refeição, foram distribuídos os Certificados de Participação aos alunos presentes. Por sua vez, também os alunos quiseram obsequiar os seus professores, cada um com um raminho de flores. Um gesto muito simpático e que muito contribuiu para aumentar o calor humano e uma ligação mais estreita entre a família universitária. Mas não foram só as flores, também houve a oferta de uma pequena e singela “colher de pau” adornada com um modesto raminho de flores.

Pelos delegados de turma, as alunas Manuela Jorge (Lèlita) e Arminda Gomes quiseram dirigir-se à assistência, para enaltecer o papel da Universidade Sénior no contexto social do Concelho de Ourém e ainda para realçar o trabalho desenvolvido pela equipa responsável.

O Presidente do Conselho Geral, Prof. António R. Baptista, tomou também a palavra para dizer, em síntese, que na nossa Universidade não se fazem contas de “deve e haver”; no entanto, agradecia o gesto de amizade e alegria que brotava do coração de todos os professores e alunos mas igualmente dos seus familiares e amigos presentes, desejando a todos boas férias!

Como nota final, referimos que durante o mês de Julho, e depois do dia 5 de Setembro, estão abertas as inscrições com vista ao próximo ano académico, devendo as aulas lectivas ter início em Outubro.

MVR

sexta-feira, 1 de julho de 2011

ALUNOS DE NUTRICIONISMO

APRENDEM AGRICULTURA BIOLÓGICA

Em Póvoa de Santa Iria

No dia 26 de Junho, professor e alunos de Nutricionismo tiveram a oportunidade de assistir a um seminário sobre agricultura biológica na Póvoa de Santa Iria, promovido pela Associação Portuguesa de Agricultura Biológica (Agrobio).
Teve lugar no Palácio da Quinta de Nossa Senhora da Piedade que é pertença da Câmara de Vila Franca de Xira desde 1979 e onde funciona a respectiva Universidade Sénior.

Do programa constavam temas como Hortas Biológicas Urbanas e Hortas Biológicas Sociais, que foram desenvolvidos por três monitores, de que faziam parte o Presidente da Agrobio, Eng. Jaime Ferreira, e um ouriense da Atouguia, o engº. António Lopes. Este, desenvolveu Hortas Biológicas Sociais, uma iniciativa em que estão envolvidos deficientes do CRIO nos campos da quinta do Montalto ( Ourém ). Foi ali projectado o vídeo de uma reportagem da RTP feita no local, que serviu para mostrar o interesse destas actividades, não só para a saúde, como para a ocupação dos tempos livres.
No que respeita a Hortas Biológicas Urbanas, trata-se de uma iniciativa da Agrobio com o patrocínio da gestão da Quinta da Piedade (entidade camarária) que preparou terrenos
daquela quinta para submeter a sorteio de interessados, neste momento cerca de quarenta agricultores da zona urbana que plantam, cuidam dos seus espaços e cultivam orientados por pessoal especializado.

Pelas 13 horas, foi servido um almoço biológico ao ar livre, à sombra de duas enormes alfarrobeiras. Sardinha assada, febras, saladas e vinho tinto e sobremesa de figos torrejanos.

Depois do almoço, foi a visita às Hortas Biológicas Urbanas, todas delimitadas em pequenos talhões, cada uma com uma placa identificadora. Há um poço colectivo para rega das hortas. Feijão verde, curgetes, tomates, pepinos, nabos, couves, toda a variedade de legumes bem viçosos por ali se podem apreciar. Nada de produtos químicos, pois as defesas contra as pragas são outras plantas aromáticas que crescem ao lado para afugentar potenciais agressores. Interessante o que vi para manter longe as formigas, borras de café perto dos seus buracos. Para dar ambiente mais colorido, por aqui e por ali também há lugar para as flores. Num ambiente daqueles, então não é que apetece fazer uma horta?!

MVR

quarta-feira, 22 de junho de 2011

JANTAR DE PROFESSORES


No passado dia 17 de Junho, a Associação Sénior de Ourém reuniu o quadro de professores da Universidade e seus cônjuges, num jantar por ela oferecido, tal como se tem feito em anos anteriores.
Para além dos professores actuais, foram também convidados aqueles que já deram aulas em anos anteriores, mas que, por motivos diversos, tiveram de suspender a sua colaboração de voluntariado.

Após a refeição, que se tornou num bom pretexto para o convívio em ambiente de família, o Presidente da Direcção da Associação, António Baptista, agradeceu a presença de todos e enalteceu sobretudo a excelente colaboração que tem vindo a ser prestada pelo Conselho Executivo da Universidade: Maria Graciete Baptista, Manuel Rodrigues e José Vieira.

Por fim, foi distribuído a cada um dos professores presentes um impresso, para indicação do horário em que se mostram disponíveis para dar aulas e participar nas actividades escolares no próximo ano, que terá o seu início em Setembro.

MVR

terça-feira, 21 de junho de 2011

X ENCONTRO DE UNIVERSIDADES

Oliveira de Azeméis

A convite da RUTIS, no passado dia 12 de Junho, um grupo de 20 elementos da Universidade Sénior de Ourém deslocou-se a Oliveira de Azeméis, para participar no X Encontro de Universidades Sénior.

À chegada, foi uma guia receber-nos ao autocarro e que nos acompanhou durante todas as actividades promovidas ao longo do dia.

A recepção, propriamente dita, teve lugar na Praça da Cidade, em cujo jardim se concentraram representações de 41 Universidades de todo o País, incluindo Regiões Autónomas, a maior parte portadores de bandeira, com intervenção de diversas individualidades locais e passagem de testemunho. Seguiu-se o desfile dos cerca de 1.100 participantes das Universidades, por ordem alfabética, pelas ruas ao som dos tambores, bem assistido pelos populares residentes que, nas fachadas dos prédios se distribuíam pelas varandas e tiravam imagens do evento.

O almoço foi servido num grande pavilhão camarário, onde havia mesas já reservadas para cada uma das Instituições presentes. Depois do almoço, houve a actuação do grupo Coral da Universidade Sénior de Oliveira de Azeméis, que abriu a parte recreativa com a entoação do Hino da RUTIS e da Universidade de Oliveira de Azeméis, com entrega de prémios respeitantes ao V Concurso de quadras populares.

Tudo terminou com um lanche e tarde dançante, com a actuação de dois grupos musicais, o que muito contribuiu para a animação deste encontro,
Organizados pela RUTIS desde o ano de 2002, este tipo de eventos tem lugar anualmente em cada uma das sedes de Universidades Sénior. O próximo terá lugar em Torres Vedras.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

ENCONTRO NO CONVENTO


(Aos alunos de História de Ourém)

Manhã radiosa era aquela na encosta do castelo. Tinham passado anos, muitos anos, desde que os frades capuchos haviam abandonado o convento.
Mais de meio século separava assim os dois Irmãos recém-chegados, frei Antão e frei Romão. Ambos haviam sido companheiros ali no Convento de Santo António de Ourém. Com a extinção das ordens em 1834 por Joaquim de Aguiar, e desvinculados dos votos religiosos, cada um dos frades partira à sua vida.
Mas o mundo dera muitas voltas. Os dois antigos noviços pensaram voltar pelo próprio pé ao velho convento semi-abandonado. Tinham andado pela Europa, haviam estagiado no Oriente e foram até à América. Todavia, distanciados agora das respectivas famílias, algures em dispersão, cada um, sem nada saber do outro, decidiu regressar àquele lugar da mocidade.
Neste entrementes, várias courelas do património conventual, confiscado, haviam sido alienadas. Mas o espaço central tinha sido transformado em Hospital e em casa da Misericórdia. Estas instituições de caridade e amor ao próximo, tinham descido do seio das muralhas para a meia-encosta. E assim as vieram reencontrar, por conseguinte, os dois monges, já no final do século e das suas vidas, com o único objectivo de poderem ser úteis à comunidade e meditarem no Além.
Haviam rolado, de facto, muitos anos. Tratava-se agora de preparar a partida. A partida sem retorno. Daí pensarem os dois confrades retomar os antigos credos, fazendo ao mesmo tempo uma reflexão profunda sobre o mundo e sobre a vida. A questão não era simples. Mas iriam tentar.
De momento, envergavam ambos um idêntico burel, embora mais modesto e descorado. Mas era o mesmo. O cíngulo alvinitente também era semelhante àquele que lhes envolvera a cintura na juventude. No entanto, continha mais nós o cordão de frei Romão.
Sem quaisquer formalidades, e como se nada houvesse acontecido, desataram a falar os dois Irmãos sobre aquilo que os prendia ali. Brotava-lhes da alma uma saudade imensa daquela colina verdejante voltada a norte. Lembravam o trabalho nas hortas regadas por um fio de água que escorria da velha fonte cimeira e era recolhida num pequeno tanque com desvelo. Também lá estava no coração do vale o “baptistério” encimado pela cruz, armazenando uma água límpida e preciosa. Mas, não obstante, tudo isto parecia muito abandonado, em contraste com o passado sacrossanto ali vivido.
Olhavam os frades para a beleza do vale encimado pela crista da torre da Sé, em que o silêncio daquele rincão era entrecortado apenas pelo chilrear da passarada, onde predominava o tentilhão e dominava o gaio. Rememoravam as badaladas do sino grande, arrancado para a igreja da nova vila, com outras peças e alfaias sagradas. Recordavam, ademais, as entradas e as saídas do refeitório, as orações cadenciadas e as horas de Vésperas e Matinas, pela madrugada. Por outra banda, os ares oxigenados da encosta, turvados pelo estrume dos currais do gado, mas tudo sacudido pelos loureiros odoríferos e pela ramagem dos pinhais e olivais em redor, - tudo trazia uma paz celestial e uma doce harmonia àquela vida comunitária.
Havia, pois, muito que recordar no velho convento de Ourém pelos frades retornados, frei Antão da Reca e frei Romão da Xarneca, – designação das aldeias de origem.
Em tempos remotos, raramente a dezena de frades que habitava o convento subia o resto do monte. Apenas acontecia pela Quaresma e nalgumas festas anuais na Colegiada. Lá no alto era outra história, mais antiga e complicada. No convento, não. Tudo era simples, bucólico, oração contínua e paz de espírito…


(De um livro a publicar)


António Rodrigues Baptista

domingo, 12 de junho de 2011

Associação Sénior de Ourém

Posse dos Órgãos Sociais

No dia 2 de Junho, pelas 18 horas, teve lugar a tomada de posse dos órgãos sociais da Associação Sénior de Ourém.

A começar, o Presidente da Mesa, Mário Albuquerque, depois de significativas palavras dirigidas aos numerosos alunos da assistência e aos diferentes membros eleitos, pediu a Manuel Vieira Rodrigues para ler a acta da Assembleia Geral do passado dia 19 de Maio, durante a qual foram eleitos os Órgãos Sociais para o triénio de 2011-2013.

Deu seguidamente a palavra ao Presidente da Direcção da Associação, António Rodrigues Baptista, o qual pôs a tónica da sua intervenção num especial agradecimento a todos aqueles que deram o melhor do seu esforço e uma colaboração constante e activa para que o projecto da Universidade Sénior de Ourém se tornasse uma realidade, - como hoje está patente. Uma a uma, mencionou António Baptista as pessoas que mais se distinguiram e empenharam no desenvolvimento do projecto da Universidade desde a origem, em 2008. Tal agradecimento foi extensivo aos alunos e ainda à Junta de Freguesia de Nª Sª da Piedade e à Câmara Municipal, sem os quais não seria possível existir a Universidade.

Para terminar, Mário Albuquerque quis sublinhar o alcance social desta iniciativa para todo o Concelho, agradecendo também a presença de todos neste acto que muito vai contribuir para a solidez e para a estabilidade dos dois organismos – a Associação Sénior de Ourém (ASO) e a Universidade (USO).

quarta-feira, 25 de maio de 2011



ASSOCIAÇÃO SÉNIOR DE OURÉM

Eleição para os Órgãos Sociais

No passado dia 19 de Maio, pelas 18,30 horas, decorreram as eleições para os órgãos sociais da Associação Sénior de Ourém (ASO). O acto teve lugar nas instalações do antigo edifício da Câmara Municipal, que vem sendo cedido gentilmente pela edilidade ouriense.

Da mesa da Assembleia Geral faziam parte os sócios, Mário Coutinho Albuquerque, como Presidente, Joaquim de Sousa e Silva e Manuel Vieira Rodrigues, como Secretários, sendo Manuel Rodrigues encarregado de fazer a respectiva acta.

Da Ordem de Trabalhos constavam dois pontos: um para Informações e outro para votação da lista (única) sujeita a sufrágio, com a seguinte composição:

Assembleia Geral
Presidente: Mário da Silva Coutinho Albuquerque
1º Secretário: Joaquim Manuel de Sousa e Silva
2º Secretário: José Ferreira Vieira

Direcção
Presidente: António Rodrigues Baptista
Vice-Presid.: Maria Graciete dos Reis Vieira Rodrigues Baptista
1º Secretário: Carlos Manuel Vieira de Sousa Simões
2º Secretário: Maria Cristina de Carvalho Vaz Lopes Henriques
Tesoureiro: Manuel Vieira Rodrigues

Conselho Fiscal
Presidente: Armando Ferreira Rodrigues
1º Secretário: Maria Manuela Lopes Baptista Jorge
2º Secretário: Augusto Pereira Gonçalves

*

A sessão começou pela rubrica “Informações”. Foi dada a palavra pelo Presidente da Mesa da Assembleia (Mário Albuquerque), ao Presidente do Conselho Geral da Universidade Sénior, António Baptista. Este teceu uma breve panorâmica do que foi a evolução do projecto, nos primeiros três anos de vida. O primeiro ano (disse) foi bastante duro, exigente e difícil, durante o qual foi preciso ultrapassar diversos obstáculos, com pouquíssimos recursos materiais e humanos, para além do franqueado por elementos da Comissão Instaladora, com a ajuda voluntária da aluna Fátima Jerónimo.
O 2º ano, tão determinante como o primeiro, para o sucesso desta instituição, chegou a atingir as 152 inscrições, com 30 professores e 40 turmas, números estes muito estimulantes. Daí que uma palavra de especial reconhecimento, pela dedicação e trabalho permanente, foi dirigida pelo Presidente do Conselho Geral, aos Professores Maria Graciete Baptista, Manuel Vieira Rodrigues e Arminda Ferreira Gomes.
Dada a complexidade das tarefas, com recursos financeiros muito limitados, mas com uma gestão de tesouraria muito rigorosa, alimentada tão-só com as mensalidades dos alunos e pequenas ofertas monetárias designadamente dalgumas Juntas de Freguesia que compreenderam a utilidade social da Universidade Sénior (a quem estamos sempre agradecidos), - tornou-se indispensável a admissão de uma funcionária a tempo inteiro.
Por sua vez, as aulas de informática, dadas nos dois primeiros anos na Escola Secundária, tiveram de passar para o antigo edifício da Câmara. Assim, houve necessidade de fazer a aquisição de equipamento informático capaz, concretizado com a compra de 6 computadores.
O 3º ano, que está a chegar ao fim, já é, seguramente, um ano de estabilidade, apesar das dificuldades que ainda se sentem, sobretudo no que respeita às instalações. Apesar de tudo, não desistimos nunca de continuar com a nossa luta no sentido de conseguirmos instalações definitivas e condignas com a nobre missão que abraçámos. Tudo isto referiu, em substância, António Baptista.
Seguidamente, o Presidente da Mesa da Assembleia deu a palavra à assistência. Na expectativa, foi ele próprio que prosseguiu nomeadamente para chamar a atenção para algum absentismo que, com a chegada do Verão, se verifica nas aulas. Além disso, frisou Mário Albuquerque, existe um empenhamento real de todos os professores, que estão a dar o seu melhor. Por isso, da parte dos alunos espera-se, como contrapartida, que estes enobreçam os seus compromissos, até para darem igualmente um estímulo ao trabalho de voluntariado dos professores.

Dando seguimento à ordem de trabalhos, procedeu-se à votação da lista, por escrutínio secreto, para a eleição dos órgãos sociais para os próximos três anos da Associação (2011-13). Feita o apuramento, a lista foi aprovada, por unanimidade, pelos trinta e um sócios presentes.

*

Recordemos, por fim, que esta ASO foi constituída para dar base legal à Universidade Sénior de Ourém, por escritura de 1 de Outubro de 2009, na Conservatória do Registo Comercial de Leiria, tendo como fundadores/signatários, António Rodrigues Baptista e Maria Graciete Baptista. Daí que em 18 de Novembro seguinte se reunissem as estruturas representativas da mesma Associação, e da já existente Universidade. Foi então deliberado designar o Prof. Mário Albuquerque para presidir à Comissão Instaladora da ASO e dar início a todas as diligências necessárias para a eleição dos órgãos sociais da mesma Associação, – eleição que veio agora a ter lugar.

MVR

sexta-feira, 20 de maio de 2011













EXPOSIÇÃO DE ARTES


Desde o começo de Maio, esteve patente ao público, numa das galerias do novo edifício da Câmara Municipal, uma exposição de trabalhos elaborados pelos alunos das disciplinas de desenho e pintura, bordados, cerâmica e artes decorativas.

Quem teve a simpatia de passar ou fazer uma visita, teve sem dúvida a oportunidade de apreciar obras com excelente nível artístico, de que tanto os alunos, como os professores, e a Universidade Sénior, muito se orgulham.

Na primeira quinzena de Maio, estiveram expostos os trabalhos dos alunos dos professores Américo de Frias, Beatriz Lopes Martins e Mª Helena Laranjeiro Carmo; na segunda quinzena, que ainda decorre, estão patentes os trabalhos dos alunos dos professores Manuel Tavares Lopes e Maria Dolores dos Reis Lopes.

Aproveitamos a oportunidade para felicitar não só os alunos que tiveram o gosto de colaborar na exposição, mas ainda os respectivos mestres, agradecendo ao mesmo tempo todo o apoio e os espaços disponibilizados pela Câmara Municipal de Ourém.

terça-feira, 3 de maio de 2011

EXPOSIÇÃO DE ARTES

Durante o mês de Maio, os alunos de Artes/Bordados, Cerâmica, Artes Decorativas, Pintura e Desenho, vão expor os seus trabalhos. Durante os dias úteis, tais estudos e peças de arte estarão patentes na «Sala de Exposições» do novo edifício da Câmara Municipal (rés-do-chão, lado ocidental). Os alunos oferecem e colocam à apreciação dos Ourienses os frutos da sua criatividade e arte. A todos agradecem uma visita. Professores e alunos não têm outra recompensa!

segunda-feira, 2 de maio de 2011






CANTO GREGORIANO NA «COLEGIADA» DE OURÉM



Subir ao Castelo é recordar a história e penetrar também no panteão da memória ouriense.
Justamente num passado não muito distante, na antiga Sé de Ourém, os seus Priores com os demais dignitários - Chantre, Tesoureiro, uma dezena de Cónegos e outros membros e acólitos, - aqui celebravam, diariamente, cantando e rezando, as diferentes horas litúrgicas. Estas funções ocorreram, ininterruptamente, durante os 400 (quatrocentos) anos de vida da “Insigne e Real Colegiada de Santa Maria da Misericórdia de Ourém”, - assim era designada.
Quem conhece a história ouriense, sabe que após 310 anos de magnificência, a Colegiada de Ourém sobreviveu por mais 95 anos depois do terramoto de 1755 (com a reconstrução do templo) e das invasões francesas (apesar da selvática destruição), - tudo se extinguindo, de forma implacável, a partir dos decretos liberais de 1834. Os últimos proventos ou “dízimas” que sustentavam a mesma Colegiada foram encaminhados então para o Seminário de Leiria, em Fevereiro de 1850.
A Universidade Sénior, hoje, com seus objectivos de saber e reconstituição da memória colectiva, mais uma vez subiu a colina do Castelo, onde os alunos de Canto Gregoriano, orientados pelo Pe. Dr. Artur Ribeiro de Oliveira, em dois momentos solenes (8 e 17 de Abril), recordaram com gratidão pelo canto de “Vésperas” os actos que outrora cumpriam os Priores e os Cónegos da antiga Colegiada. De maneira brilhante e sentida o fizeram, novamente, os alunos da Universidade, entoando as diferentes peças, antífonas e salmos de “Vésperas”.
A presidir estiveram, em 8 de Março, os Párocos de Nª Sª das Misericórdias e de Nª Sª da Piedade, PP. Pedro Manuel Jorge Ferreira e António da Piedade Bento, – ilustres sucessores dos antigos Priores da extinta Colegiada de Ourém.


A. Rodrigues Baptista

sexta-feira, 15 de abril de 2011

CANTO GREGORIANO

Domingo -17 de Abril





  • Concerto Coral do nosso grupo de Canto Gregoriano, juntamente com o grupo Coral do Cercal e o Chorus Auris.


Sé Colegiada de Ourém, às 18,30 horas.





terça-feira, 12 de abril de 2011

E a USO foi a Barcelona

3 de Abril de 2011

Olhámos o desfiladeiro uma última vez, a partir do mosteiro de Monserrate. Rompera um sol débil, com saudades do esplendor do dia anterior.
Despedimo-nos do alto da montanha sagrada alongando a vista para os lados do mar e de Barcelona e assim fomos serpenteando estrada abaixo, num emara¬nhado de curvas e contracurvas desdobrando-se sobre as encostas alcantiladas.
À medida que nos aproximávamos da capital da Catalunha, escureceram os céus e caíram incertas gotas de chuva no pára-brisas do autocarro. Felizmente foi chuva de pouca dura. Entrámos por noroeste, pela Avenida Diagonal e aí recebemos a guia catalã, Montserrat, que nos aguardava há mais de uma hora.
Com a sua experiência e sensatez, as várias visitas ao longo do dia decor¬reram com eficiência e bom planeamento. O que parecia difícil, perante a quase excessiva riqueza arquitectónica e cultural de tão espantosa cidade.
Iniciámos com uma breve entrada no parque Güell, onde o arquitecto Antoni Gaudí deu largas à sua criatividade e imaginação. Descemos ao bairro gótico onde se situa a catedral, à zona do porto de mar e à cidade olímpica, subimos ao passeio da Gràcia e, finalmente, atingimos o auge da nossa ida a Barcelona: a igreja da Sagrada Família, obra a que Gaudí dedicou a maior parte da sua vida e que ainda se continua a construir, com um ritmo de 80 trabalhadores diários!
Subimos mais tarde ao alto de Monjuïc, donde pudemos observar uma outra vista panorâmica de Barcelona e terminámos o dia calcorreando as famigeradas Ram¬blas, passeio amplo que se prolonga entre a praça da Catalunha e a praça da Paz dominada pela estátua de Cristóvão Colombo. No fim ainda houve tempo para uma libação nos Quatre Gats, um bar de estilo arte nova, muito frequentado pelo grande Picasso.
Resumamos, destacando cada visita.

O parque Güell.
Na colaboração entre o senhor Güell e Gaudí, o industrial propôs ao arquitecto a urbanização dum jardim com um novo conceito: um condomínio de luxo, com zonas comuns e casas privadas. Dos lotes apenas se vendeu um, que permanece hoje a única casa particular. Todo o restante parque é agora de domínio público a cargo do município barcelonês.
Distinguimos a casa-museu de Gaudí, onde este viveu durante os últimos vinte anos da sua vida, a esplanada ladeada por um banco policromático e recurvado, sobre o que seria o mercado comum do condomínio e é hoje uma sala hipóstila com 86 colunas dóricas ocas, que recolheriam a água da chuva para uma cisterna inferior.
Por uma larga escadaria se desce hoje até à entrada do parque, ladeada por duas casas que parecem criação da Disney e onde dominam um lagarto recoberto de pedaços de cerâmica multicolorida e a cabeça de uma serpente donde escorre a água de uma fonte.
Por todo o jardim pulula uma vegetação luxuriante enredada entre colunas de formas vegetais, caminhos múltiplos, escadarias rudes e orgânicas.

A catedral.
Iniciada ainda no século XIII, esta catedral apenas se concluiu no século XIX, embora conforme os planos iniciais góticos. Durante a construção foi-se substituindo à anterior igreja românica, operação difícil, pois não se interrompeu o culto. Foi construída dentro das antigas muralhas da Barcino romana.
Na cripta, sob a ábside, encontra-se o túmulo de Santa Eulália, de alabastro, a santa padroeira da catedral, sacrificada no século III.
As naves, tendo todas a mesma altura, fazem desta igreja uma igreja-salão. As abóbadas são de cruzaria de ogivas e as naves laterais prolongam-se em espaçoso deambulatório à volta do altar-mor.
O claustro, grandioso, rodeia um jardim com elevado arvoredo e fontanário, onde se passeiam treze gansos. O número treze reporta-se à idade de santa Eulália quando morreu.
Num dos ângulos do claustro eleva-se a capela de santa Lúcia, curiosa construção da transição entre o românico e o gótico primitivo.
Como era domingo, a praça diante da catedral regurgitava de gente a bailar as sardanas. Foi então que alguns corajosos elementos da Universidade Sénior ainda deram o tal pezinho de dança, dançando a típica sardana, em círculos de bailadores de mãos dadas.

A Barcino romana (bairro gótico).
Barcino foi o nome romano da cidade, que exportava garum (condimento de luxo à base de vísceras de peixe, ervas e sal) e vinho, para todo o império. Ao lado poente da catedral corria um dos eixos da cidade, o decumanus, que, como habitualmente nas cidades romanas, atravessava o fórum, no local em que se cruzava perpendicularmente com o outro eixo, o cardo. Hoje, nesse local, estão o palácio do governo autónomo da Catalunha e o edifício municipal de Barcelona.
Da entrada do decumanus ainda subsistem as duas torres que a franqueavam. Defronte eleva-se o edifício da ordem dos arquitectos da Catalunha, onde pontificam desenhos do próprio Picasso.

O passeio de Gràcia.
Desta vez só houve tempo para o atravessarmos de autocarro, o que foi pena: é aqui que se localizam as mais famosas casas de arquitectura de arte nova de Barcelona. Do grande Antoni Gaudí, a casa Milà e a casa Batlló, espantosas criações orgânicas com soluções de integração urbanística invulgares. De Domènech i Montaner a Casa Lleó Morera, de Puig i Cadafalch a Casa Amatller. E há mais.
Trata-se de uma sucessão tão concentrada de arte nova que tal quarteirão se apelida de “manzana de la discòrdia”, pelo choque que então provocou com os cânones artísticos anteriores.
Barcelona é absolutamente a cidade de eleição para o estudo desse período entre o século XIX e o XX. É a cidade de Gaudí, como este é o arquitecto de Barcelona.

A Sagrada Família.
Ficamos sem palavras, perante esta obra de Gaudí. Com um projecto inicial neogótico do arquitecto Francesc de Paula Villar, a cripta foi respeitada por Gaudí, mas todo o projecto posterior foi reorganizado através do seu génio quase louco, por invulgar.
Este templo é gótico? Barroco? Arte Nova? Simbolista? Futurista? É tudo isso e muito mais.
O próprio Gaudí desenhou as esculturas da fachada do Nascimento e acompanhou a sua execução por outros escultores. Desenvolve-se em três grandes formas triangulares que representam as virtudes teologais: Fé, Esperança e Caridade, cada uma dedicada a Jesus, Maria e José, a sagrada família. Ao alto surge a árvore da vida, revestida de cerâmica verde, onde esvoaçam pombas de mármore branco (que eram inicialmente de alabastro, mas foram deterioradas pela brisa marítima).
Após a construção deste portal, em 1926, o maravilhoso arquitecto, tendo sido atropelado por um carro eléctrico, morreu dois dias depois. A construção foi interrompida com a guerra civil em 1936 e os seus planos destruídos.
Só em 1950 se decidiu continuar esta igreja. Porém, as discussões e polémicas têm sido constantes. Seria melhor deixá-la inacabada, como memorial ao génio de Gaudí? Ou preferiria ele que se continuasse com o espírito das épocas posteriores?
Efectivamente o próprio Gaudí terá dito que se o estilo gótico continuasse a evoluir ao longo dos tempos e das novas técnicas e materiais certamente esta seria a igreja da evolução natural daquele estilo.
No interior, as abóbadas orgânicas, fitomórficas como as colunas, num rendilhado estranho, os vitrais, o baldaquino (desenhado a partir do outro de Maiorca que fora debuxado por Gaudí) as torres, tudo nos atira para o alto, à semelhança das medievais catedrais góticas. Notável é que o estudo das plantas e a forma inovadora como Gaudí concebeu a estrutura tornou desnecessários os arcobotantes exteriores a descarregar o peso das abóbadas.
A fachada ocidental, da Paixão, ainda inacabada, pormenoriza planos da paixão e morte de Cristo. Por tudo isto se disse que esta Sagrada Família era uma “Bíblia em pedra”, tal a carga simbólica e religiosa que transporta.
A fachada sul não está ainda construída. Faltam também várias torres, a maior das quais, sobre o cruzeiro, atingirá perto de 180 metros! Calcula-se que a igreja não estará terminada antes 2035. Mas o Papa já a consagrou em Dezembro de 2010.

Monjuïc.
Este monte forneceu durante séculos a pedra para inúmeras construções de Barcelona. Actualmente constitui excelente miradouro sobre a cidade e o seu porto. E aí se encontram o Pueblo Espanyol, a Caixa Fórum, o Estádio Olímpico, o Museu da Arte da Catalunha...


Obs.: Numa próxima deslocação a Barcelona poderemos entrar em vários museus (Dali, Picasso, Tàpies, Miró, Arte Contemporânea, etc.), no palácio da música catalã... e eventualmente dar um pezinho de dança na Danzatoria ou no Antilla Barcelona Latin Club.
E termino com uma palavra de elogio à organização da agência Verde Pino e à enorme eficiência e qualidade da guia que nos acompanhou, a Carla, que até se viu forçada a resolver uma série de berbicachos inesperados: foi segura, calma, simpática e competente.

Ourém, 11 de Abril de 2011

J. Sousa Dias

domingo, 10 de abril de 2011

VISITA A BARCELONA E MONSERRATE

2 de Abril de 2011

Vai para 50 anos, das alturas do “Tibidabo” avistei, pela vez primeira, as escarpas de Monserrate. Tempos depois regressei a Barcelona. Mas só agora integrado na Universidade, pude finalmente visitar Monserrate. Feliz ideia!
Para o leitor que não conhece ainda Barcelona, dir-lhe-ei, em síntese, que se trata duma cidade tipicamente ibérica. O nome deriva de “Barcino” do tempo dos colonizadores romanos.
Carlos Magno fez desta cidade uma “marca” defensiva contra as hostes muçulmanas, elevando-a à categoria de “Cidade Condal”. E a idade de ouro de Barcelona foi, unida com Aragão, após o séc. XII. Decaiu depois do séc. XVI, com a descoberta da América, quando os Reis Católicos deslocaram, para Sevilha e Cádis, o eixo marítimo de Espanha.
Após a 2ª República espanhola, em 1931, Barcelona vê ressurgir o estatuto de autonomia, atingindo um ritmo de prosperidade sem precedentes. Hoje conta três milhões de habitantes.
*

Partimos de Ourém no sábado, 2 de Abril, era ainda madrugada, e do aeroporto de Lisboa seguimos para Barcelona, onde aterrámos pelo meio-dia. A troca de uma mala reteve-nos por alguns momentos. Mas rapidamente pudemos galgar os 50 quilómetros que nos separavam de Monserrate.
Por vales e colinas contornámos a montanha pelo noroeste. Tudo foi demasiado rápido para tão grande beleza que colhíamos, deslumbrados, montanha fora, observando à nossa direita os pináculos dentados da serra, e, à esquerda, os espaços abismais perante uma paisagem colossal em direcção aos Pirenéus, com os picos nevados das montanhas para as bandas do principado de Andorra, ou em direcção às costas de Gerona e Perpinhão, já em território francês.
Pouquíssimas vezes nossos olhos terão contemplado assim paisagens tão soberbas!

Em Monserrate

Estamos agora na base do mosteiro e basílica beneditina de Monserrate. Observamos de relance todo o perímetro com os hotéis e albergues, os museus e passeios públicos, tudo devidamente aprimorado para satisfazer as exigências dos fruidores da arte e da beleza, aliadas aos caprichos da Natureza.
Simplesmente magnífico era quanto caía debaixo do nosso olhar no conjunto abismal, a perder de vista. Não errarei muito se disser que poucos acreditavam exactamente aonde estávamos!
Embriagados assim por tal ambiente, mal chegámos a saborear o almoço bem regado com um “tinto” da região (“Terra Nostra”). Não sabíamos, de facto, ali, o que seria melhor para nós: se o alimento do corpo, se o alimento do espírito, - tal a riqueza envolvente que nos seduzia.
Decisivamente optámos mais por esta, não descurando aquela. E assim deambulámos, tarde fora, explorando a floresta ou admirando as maravilhas realizadas pelos artistas e técnicos espanhóis, após a passagem destruidora das tropas napoleónicas, em 1812.
(Deixemos, porém, tal página devastadora, pois também a conhecemos em Ourém, com a passagem sinistra dos franceses, em 1810-11…)
Uma visita ao Museu de Pintura da Catalunha, fez-nos então quedar, boquiabertos, perante pinturas primorosas de artistas célebres como Caravaggio, com um “São Jerónimo”, ou Picasso, com seu “Pescador” – uma obra juvenil, dos 14 anos, deveras impressionante.

Vésperas e Laudes

Momento significativo foi, na hora própria, a assistência ao canto de «Vésperas» pelas vozes melodiosas das cinco dezenas de monges que, diariamente, continuam na Basílica, a entoar pelas tardes, com a presença dos fiéis e turistas interessados, como era o caso da Universidade de Ourém.
Em seguida, também passámos pelo trono da «Virgem Negra», subindo por detrás da capela-mor. Tudo realizado a preceito, condizendo com a magnitude do momento.
O jantar foi servido depois no hotel Cisneros, ao lado da comunidade beneditina, onde também pernoitámos “colados” à rocha abrupta da montanha. Um breve passeio nocturno deu azo para alguns contemplarem a iluminação através das cidades limítrofes, saboreando o silêncio contido da montanha, até cada um de nós recolher aos braços de Morfeu, pois era notório o cansaço.
Cedinho, o canto da passarada veio despertar-nos. Pudemos então envolver-nos ainda pelos trilhos da montanha, saudando desta feita o Abade Oliva, - o fundador do mosteiro no século XI. Agora aqui, num bronze expressivo, é uma homenagem realizada nas últimas décadas pela comunidade catalã.
Cedo também pudemos assistir ao canto de «Laudes» na referida basílica do mosteiro, onde a entoação do “Pai Nosso” pelos beneditinos, no final, nos ofereceu uma das melodias mais deliciosas que algum dia escutámos. Ninguém pode imaginar!
Já com o pequeno-almoço reconfortante e as últimas fotos e recordações na bagagem, começámos a descida serpenteada para o vale de Llobregat, a escassos quilómetros de Manresa – a cidadezinha sacrossanta, onde o fundador da Companhia de Jesus (Santo Inácio) pôde compor os celebrados “Exercícios Espirituais”, antes de rumar a Paris e depois a Roma, para convencer o Papa a reconhecer a sua Ordem.
Concluindo: todos usufruímos - cada qual a seu modo, - de uma tarde e de um serão inolvidáveis, com o alvorecer, igualmente, admirável e único!

A. Rodrigues Baptista

terça-feira, 29 de março de 2011

VISITA A BARCELONA E MONSERRAT


  • Nos próximos dias 2, 3 e 4 de Abril, um grupo de Professores, alunos e amigos vai visitar a bela cidade do Gaudí. Terá também oportunidade de conhecer a famosa serra de Monserrat e ouvir os monges do mosteiro cantando Canto Gregoriano.

  • Será muito interessante pois é a primeira saída da USO, para o estrangeiro.

  • Serão decerto 3 dias inesquecíveis e muito enriquecedores...

A todos uma boa viagem !!!



sexta-feira, 25 de março de 2011

Da «História de Ourém»

FRANCISCO VIEIRA DE FIGUEIREDO

Há dois ourienses esquecidos, de superior relevo para a história concelhia, que tratámos, vai para três anos, nas aulas de «História de Ourém» da Universidade. São eles, Francisco Vieira de Figueiredo e Brás Luís de Abreu.
Vamos considerar aqui Francisco Vieira de Figueiredo.
Retomo de algum modo o tema também apresentado publicamente, no serão de 3 de Dezembro, no Museu Municipal. Além disso, apraz-me desenvolver agora para os leitores do «Notícias de Ourém» a vida e os feitos de Vieira de Figueiredo.
O que trouxe então como novidade, foi a consulta directa que fiz na Torre do Tombo, há vários anos, e reiniciei, sobre o processo do Tribunal do Santo Ofício referente à família de Francisco Vieira de Figueiredo.
No processo estão reunidos os elementos fundamentais para construirmos uma biografia, sólida e verídica, sobre o ilustre conterrâneo.
Chamava-se entre os ourienses apenas Francisco Vieira. Mais tarde aparece como Francisco Vieira de Figueiredo. E será mais conhecido por este nome, na 2ª metade da sua vida, passada no Extremo Oriente, desde Goa até Malaca, Macau e Manila, fixando-se depois em Macaçar.
Viveu ainda os seus derradeiros anos nas ilhas de Flores e Timor, no longínquo arquipélago da Indonésia, morrendo em Larantuca (Flores), em 1667.
Ourém não conhece tal diplomata e mercador. Mas vai conhecê-lo, certamente, pois bem merece.
Francisco Vieira nasceu na aldeia do Zambujal, junto ao castelo de Ourém, por volta de 1610. Volvidos são agora 400 anos!
Seu pai chamava-se João Vieira. Era um “lavrador” do “Azambujal”. Sua mãe, Madalena Nunes, era natural do Regato. Um documento da época reza textualmente: “aldea da Crus freguesia da See de Ourem”.
Deveras interessante tal expressão!
Seus avós paternos chamavam-se Estêvão Vieira Esteves, também “lavrador”, e Francisca Manuel Henriques, sendo esta natural de Peras Ruivas. O avô materno chamava-se Simão Nunes, e era “oficial de pedreiro”; a avó materna tinha o nome de Maria Henriques.
Vemos, por conseguinte, nomes muito simples e profissões igualmente simples, bastante vulgares na região de Ourém.
Quanto ao apelido “Figueiredo” julgamos que foi reunido mais tarde, no Oriente, ao nome de Francisco Vieira. Achámos uma data: 9 de Dezembro de 1647.
Nesta dia, na Sé de Goa, o chantre e Vigário-geral do Arcebispado, “Doutor Francisco de Figueiredo”, investiu no “Hábito de Cavaleiro da Ordem de Cristo” Francisco Vieira, natural do Zambujal, do termo de Ourém.
Terá sido pois em homenagem ao seu “patrono” que Francisco Vieira passou a ser mais conhecido por Francisco Vieira de Figueiredo.

António Rodrigues Baptista

segunda-feira, 21 de março de 2011


Quando a USO fechou o Janeiro em Lisboa

No sábado aprazado, 29 de Janeiro, pelas 8.00 da manhã, começaram os corajosos excursionistas a juntar-se no espaço frente ao jardim, no Centro Cívico.
Corajosos, sim, pois dizem as más línguas que o céu quase vinha abaixo com chuva da grossa, relâmpagos e coriscos! Humm... mau prenúncio, que felizmente mais não foi que isso mesmo: prenúncio apenas. É que, apesar de a viagem até à capital ter decorrido sob chuva intensa, o sol abriu mais tarde e acabou o dia quase primaveril.
Bom, pouco após as dez matinais, chegou a delegação da USO à Madre de Deus, onde se localiza o Museu Nacional do Azulejo.
Fomos recebidos pela Drª Dora Fernandes, que nos acompanhou por todo o impressionante espaço do antigo convento, enriquecendo a visita com competentes informações sobre a história e a técnica do azulejo e a sua importância na decoração e na arquitectura nacionais.
A ideia desta visita foi do Professor Tavares Lopes, grande especialista na matéria e que entusiástica e competentemente tem orientado as sessões sobre azulejaria na USO. Vários alunos e professores da USO puderam assim ficar mais esclarecidos acerca do assunto.
Para começar, a destacada historiadora desfez a ideia, por vezes generalizada, de que o étimo “azulejo” pudesse ter sido originado da palavra portuguesa “azul”. Nem faria sentido, pois os primeiros azulejos, logo no século XIII, nem eram azuis. “Azulejo” é vocábulo derivado do árabe “al zulaish” – pedra polida. Azulejo é uma placa de barro cozido, vidrado e pintado numa das faces.
Na deslocação para Cascais, o condutor escolheu o caminho da marginal do Tejo. Foi excelente, pois o cinzento do céu foi dando lugar a rasgões azuis e manchas de sol que nos encheram a vista e a alma. O estuário abria-se lindo e polvilhado de barcos à vela, num evento náutico maravilhoso.
E assim chegámos à Casa da Guia em Cascais, entre a Boca do Inferno e o farol.

Era a hora de sentirmos um pouco do delirante e onírico mundo da conhecida pintora Paula Rego, na Casa das Histórias, museu da autoria do arquitecto Souto Moura.

A fechar esta visita, seguimos para o Casino do Estoril, onde assistimos ao espectáculo de La Féria, “Fado - História de um Povo”.

Ourém, 21 de Março de 2011
J. Sousa Dias

sexta-feira, 18 de março de 2011

5ª. MEIA MARATONA DE TEATRO

  • A Universidade teve o previlégio de ser convidada a participar, na 5ª meia maratona de teatro, promovida pelo grupo de teatro Apollo, de Peras Ruivas. Ficámos muito agradecidos à Dora Conde e ao seu grupo, pelo amável convite.



  • Assim, no dia 13 de Março, um grupo de alunos de teatro apresentou uma paródia intitulada - " Médico de Família", da autoria do aluno Fernando Paulino.

  • Os actores foram o próprio autor e as alunas, Arminda Gomes e Emília Vieira. Ainda que principiantes nestas lides, encantaram a assistência que riu à gargalhada com as diatribes de tal médico.



  • Assistimos também à apresentação das peças do grupo de Seiça e de Peras Ruivas, que nos maravilharam com a qualidade de teatro que realizaram.



  • E naquela aldeia, de Peras Ruivas, foi deveras impressionante, observar o grande número de pessoas, de várias idades, que compareceu naquela tarde e noite, para assistir ao teatro...



  • Também no dia 11 de Março participámos no "Chá com Letras".



terça-feira, 15 de março de 2011


O Carnaval

No dia 5 de Março, pelas 15horas, realizou-se o baile de Carnaval na Universidade.
Balões e serpentinas enchiam de cor a sala onde se ia realizar o baile.
Os participantes capricharam nos seus trajes, qual deles o mais bonito! Houve mesmo quem optasse por disfarces espectaculares.
Na sala ao lado, uma mesa repleta das mais diversas iguarias, despertava o apetite para o lanche.
Naquela tarde cinzenta e fria, os risos, as conversas animadas e a música aqueceram os corações e deixaram um brilho especial em cada olhar.
Arminda F Gomes

sábado, 5 de março de 2011

5ª MEIA MARATONA DE TEATRO



  • Organização do Grupo de Teatro Apollo de Peras Ruivas



A Convite do Grupo de Teatro Apollo, a Universidade vai participar na 5ª Meia Maratona de Teatro em dois momentos.



  • - 11 de Março no "Chá com Letras";

  • - 13 de Março com a paródia "Médico de Família", do nosso aluno Fernando Paulino.

Estamos muito gratos pelo convite.



quinta-feira, 3 de março de 2011

BAILE DE CARNAVAL

No próximo sábado, 5 de Março, a partir das 15 horas, teremos o nosso baile de máscaras.

A animadora será a dedicada " Lèlita".

O lanche será partilhado.

Venha conviver e divertir-se. Passará uma tarde agradável e diferente.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011


A VOZ DA UNIVERSIDADE

NOTAS SOLTAS

1. Para começar, um brevíssimo balanço do 1º semestre. Salientemos, pela utilidade para a comunidade ouriense, a criação da Universidade. Com aulas e cursos para todos gostos.
É agradável ver trabalhar, por ex., os alunos dos cursos de Artes/Bordados, Cerâmica e Artes Decorativas. E é um encanto constatar a amizade entre os alunos que partilham conhecimentos e gostos e até, por vezes, o próprio lanche. Admirável!
Cursos há que são um exemplo gratificante de movimentação e participação nas aulas. História de Portugal e Economia Geral são dois exemplos. Mas há mais. Cursos de interesse e utilidade são a Informática e o Inglês. Mas também temos a Dança, a Educação Física e Cuidados de Saúde; o Nutricionismo, a Música e Instrumentos; a Língua, a Cultura e a Literatura Portuguesa, e ainda o Teatro, a História da Arte e a História de Ourém… além do mais. São cursos, estes, duma grande qualidade, muito estimados pelos alunos.
O leitor que nos acompanha e, porventura, não conhece como funciona a Universidade, pode visitar, em qualquer momento, os nossos serviços para verificar esta realidade. E quem sabe, até, se não poderá vir a encontrar também aqui um lugar ideal para remoçar a sua juventude…
Venha e veja!

2. Enquanto vamos preparando o número 3 da revista AUREN, que deve sair no fim do ano académico, diremos que o tema principal irá ser a vida de Francisco Vieira de Figueiredo.
Quem foi este Vieira, natural do Zambujal, poucos leitores sabem. Daí a nossa investigação.
Digamos que no distante século XVII, os “nossos amigos” holandeses diziam que lutavam contra dois Vieiras: um no Brasil (o Padre António Vieira), e outro na Índia (o “Francisco da Guerra”). Este era, efectivamente, o nosso conterrâneo do Zambujal.
Por todo o Oriente, durante 30 anos, Francisco Vieira foi, de facto, um extraordinário diplomata, defendendo os Portugueses dos ataques holandeses em circunstâncias dramáticas. Por outro lado, o nosso Vieira veio a ser, por nessa altura, um dos mercadores mais ricos da Índia.
Vê-lo-emos!

3. Aproveitamos outrossim para informar que começaram a chegar aos serviços da Universidade várias publicações provenientes dos diferentes Municípios. Com a oferta da nossa Revista de História e Cultura, algumas instituições estão a enviar-nos, como permuta, as respectivas publicações.
Deste modo, os ourienses interessados podem consultar nos serviços da Universidade as publicações recém-chegadas. Trata-se de algo muito valioso que fica ao alcance dos Ourienses em geral.
Venham e vejam. É bonito voltar a subir as escadas da velha Câmara. Antigamente, quantos de nós subíamos à Câmara somente para pagar taxas e impostos, ou intimados por algo desagradável.
Agora vamos à Universidade para aprender, conviver e sorrir!

António Rodrigues Baptista


sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Quando a USO foi passear a 22 de Janeiro







1. Fátima: a igreja da Santíssima Trindade

Acordara agreste aquele sábado frio de Janeiro, malgrado o sol que refulgia.
O grupo de resistentes de História da Arte aportou a Fátima lá pelas 9.30 da manhã, acompanhado pelo arquitecto Tiago Santos, da Câmara Municipal de Ourém, que gentilmente se predispusera a tal. E em boa hora o fez, pois assim enriqueceu a visita com a sua competência e os seus abalizados conhecimentos, ao longo de todo o dia.
Logo à entrada da Igreja da Santíssima Trindade (no espaço correspondente ao nártex dos templos gregos), o jovem arquitecto chamou a atenção para o material revestindo as paredes, o qual permite que as condições acústicas sejam óptimas, ao absorver qualquer reflexo sonoro. Alguém logo confirmou que uma vez tinha faltado a energia eléctrica durante uma liturgia no interior da igreja, mas a voz do celebrante tinha continuado a ouvir-se, embora mais fraca, apesar de o espaço ser tão descomunal que permite que mais de oito mil e quinhentas pessoas participem sentadas.
E o espantoso é que, sendo gigantesco, o interior não nos esmaga. Não há degraus, não há um pilar, pelo que de todo o lado se vê perfeitamente o altar-mor. E o grande mosaico horizontal e curvo que o enquadra enche de doirada luz todo o recinto.
Este painel, com 10 metros de alto por 50 metros (!) de largura é da autoria de um artista esloveno (Marko Rupnik) e foi realizado por oito artistas oriundos de oito nações e várias igrejas cristãs. Um mosaico ecuménico, portanto.
Um Cristo crucificado, enorme, de bronze, suspenso diante do Cordeiro ao centro do painel, parece abraçar quem ali chega. Obra de arte da escultora irlandesa Catherine Green, provoca acesa emoção: será feio ou bonito? Será caucasiano ou ameríndio? Ou será a humanidade toda?
O mosaico representa a Virgem com os pastorinhos à direita do Cordeiro (nossa esquerda) e S. João Baptista à esquerda (nossa direita), vendo-se ainda, dos dois lados, os apóstolos e vários santos e arcanjos.
Construída entre 2004 e 2007, esta igreja circular com 125 metros de diâmetro foi projectada pelo arquitecto grego Alexandros Tombazis e é encimada por duas vigas descomunais que suportam todo o tecto, onde a luz, constante, se encontra controlada por computador.
Destacamos ainda a porta principal, de bronze, da autoria do escultor português Pedro Calapez. Junto ao altar-mor sorri para a assistência uma imagem da Virgem, de mármore de Carrara, esculpida pelo italiano Benedetto Pietrogrande.
Da zona da Reconciliação, salientamos os azulejos com desenhos do nosso Siza Vieira, os dois espelhos água e as cinco capelas, além duma área de exposições.
Na área envolvente da igreja, emergem várias estátuas e uma cruz com 34 metros de altura, também polémico, de aço, da autoria do alemão Robert Schad.

2. Batalha: o convento

Obra do final do século XIV e início do XV, corresponde ao gótico flamejante do último período. Nas Capelas Imperfeitas (assim denominadas não por serem “imperfeitas”, mas por serem “inacabadas”) deixa já a sua marca o Renascimento, na varanda que encima o pórtico, configurando este uma obra insuperável de maravilhoso rendilhado manuelino.
Nestas capelas jaz apenas o rei D. Duarte com sua mulher, em túmulo nobre, uma vez que fora ele quem decidira a construção destas capelas. Mas os seus irmãos e os seus pais, D. João I e Filipa de Lencastre, repousam em túmulo grandioso na extraordinária Capela do Fundador, logo à direita da entrada principal da igreja.
O convento da Batalha, construído em memória da batalha de 1385 que recebeu impropriamente o nome de “batalha de Aljubarrota”, acabou por ser construído sob a direcção sucessiva de vários mestres arquitectos.
Resumindo este lindíssimo monumento, importa ainda fazer referência à sala do Capítulo (onde se encontra o monumento ao soldado desconhecido), aos claustros e aos vitrais que atingem elevado grau de arte, na ábside e na sala do Capítulo, precisamente.

3. S. Jorge: o peixe

Chegara entretanto a hora do almoço.
Com reserva feita antecipadamente, a churrascaria Reis apresentou robalo, nessa madrugada pescado no mar da Nazaré.
Faltam-nos as palavras para caracterizar aquele peixe fresco, subli¬me e tão bem grelhado.
O generoso vinho daquelas encostas acompanhou bem, a salada estava invulgarmente bem temperada e a sobremesa foi quase, literalmente, a “cereja em cima do bolo”: é que até tivemos direito a cerejas doces (do Chile, creio eu).

4. Alcobaça: o mosteiro

Tivemos que nos apressar, para aproveitar a dourada luz daquela gélida e linda tarde de inverno. Descemos então ao pomar de Portugal, Alcobaça, com o objectivo de olhar o gótico singelo do primeiro período, ainda com marcas do românico (nos merlões, ameias e contrafortes).
Da fachada original, só o portal de arco quebrado se conserva: o terramoto de Lisboa, do século XVIII, forçou a reconstrução segundo as normas da pesada construção barroca.
Alcobaça influenciou profundamente toda a primeira dinastia. Por ali passaram os primeiros reis e os abades de Alcobaça foram confidentes e conselheiros de reis.
Iniciada em 1178, a construção desta abadia segue os cânones de construção da abadia do Claraval (Ordem de Cister).
Igreja de três naves, as laterais prolongam-se na charola ou deambulatório, que rodeia o altar-mor. O portal manuelino-renascentista da sacristia merece referência especial.
No transepto, dominam os túmulos, de fina talha gótica, de D. Pedro I e de D. Inês de Castro, cujos amores foram tão contrariados e tão celebrados na poesia e no drama. Aos lados do túmulo de D. Pedro, situam-se, a nascente, um altar com retábulo de terracota dedicado a S. Bernardo e, a poente, um pequeno panteão com alguns túmulos da primeira dinastia.
Visitámos ainda o claustro de D. Dinis, subimos ao dormitório, observámos os primeiros arcobotantes de Portugal, descemos à cozinha do mosteiro (obra do séc. XVIII, onde passa um desvio do rio Alcoa), à adega e ao refeitório dos monges cistercienses de Alcobaça.

5. Os doces conventuais

Ir a Alcobaça, sem degustar a ginjinha e os doces conventuais... seria pecado. Por isso aceitámos o doce desafio.
Com o requinte daquelas iguarias deliciosas, aquele desafio quase nos fez cair no pecado da gula. Mnhammm.
E imediatamente nasceu a dúvida entre os ourienses presentes: qual a melhor ginjinha, aquela... ou as ginjinhas dos nossos castelos?
O sol descia já, para o seu sono nocturno. Era a hora do regresso até à sombra dos castelos de Ourém.

Ourém, 16 de Fevereiro de 2011

J. Sousa Dias

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011


VISITA A LISBOA







VISITA A LISBOA

O dia 29 de Janeiro de 2011, foi um dia divertido e bem passado, para o grupo (32 pessoas), de professores, alunos, familiares e amigos da Universidade.

Pela manhã visitámos o Museu do Azulejo e à tarde a Casa das Histórias de Paula Rego.

Por fim, todos se encantaram com o espectáculo, no Casino do Estoril, FADO- HISTÓRIA DE UM POVO.

O almoço foi num aprazível lugar - Casa da Guia em Cascais.

Nota: As visitas, ao museu do Azulejo e à casa das Histórias, foram propostas pelos profs. Tavares Lopes, de Cerâmica, e Sousa Dias, de História de Arte.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

ECOS CULTURAIS
Apresentação da turma de teatro, no lar "S. João Vilarense".

Através das turmas de Teatro e de Música Instrumental, teve a Universidade ocasião de participar em diversos actos culturais, nas últimas semanas.
Assim, em 30 de Dezembro, esteve o grupo de teatro no “Lar da Fundação Agostinho de Almeida”. Aqui actuou o professor Américo de Frias com seus alunos, proporcionando uma franca alegria aos numerosos utentes da Fundação. Em nome da USO, o professor Vieira Rodrigues desejou um Bom Ano, agradecendo também a oferta de um quadro em tela para a Universidade.
Igualmente, no dia 6 de Janeiro (Dia de Reis), o mesmo grupo de teatro dirigiu-se ao “Lar S. João Vilarense”, de Vilar dos Prazeres. Os utentes em grande número, escutaram algumas peças de teatro. A Universidade esteve representada nesta tarde, pela professora Maria Graciete Baptista que a todos saudou e apresentou a turma de teatro. No final da actuação todos vieram a participar numa excelente e saborosa merenda.
No passado dia 17 de Janeiro, foi a vez da turma de instrumentos musicais, dirigida pelo professor Pedro Sousa, cantar “as Janeiras”, primeiramente à Junta de Freguesia da Senhora da Piedade, onde actuou com muito agrado de todos. No final, o grupo foi obsequiado com um pequeno lanche, por parte da presidência de José Vieira.
Logo de seguida, o mesmo grupo dirigiu-se para o átrio da Câmara Municipal. Aqui actuou da mesma forma, com visível satisfação dos numerosos funcionários municipais que se aproximaram. Uma representante do Município veio agradecer a actuação, sendo saudada com uma longa salva de palmas. Em ambas as situações, representou a Universidade o professor Manuel Rodrigues.
Foram três momentos singulares, estes, que muito enobrecem a Universidade, seus alunos e professores, portadores duma elevada missão: transmitir cultura e alegria a todos os ourienses.
Bem hajam todos os participantes!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

VISITA A LISBOA

A visita a Lisboa, agendada para Novembro, e adiada por motivos de condicionamento de trânsito, devido à Cimeira da NATO, vai realizar-se no próximo dia 29 De Janeiro de 2011, sábado, com o seguinte programa:

MANHÃ

Visita: Museu do Azulejo

TARDE

Visita: Casa das Histórias de Paula Rego - Cascais

xxx

Espectáculo: Casino do Estoril - “Fado - História de um Povo”

Almoço livre

Hora de partida (Ourém ) - 8:00 horas

Hora de chegada (Ourém) - 22 horas


As inscrições fazem-se na Secretaria.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O CAMINHO DE D. NUNO




MUNICÍPIOS VÃO ANALIZAR CRIAÇÃO DO “CAMINHO DE D. NUNO”

O caminho que D. Nuno Álvares Pereira percorreu antes de travar a “batalha real”, em Aljubarrota, foi o tema da conferência que ontem decorreu nos Paços do Concelho de Ourém e que contou com a presença de representantes dos municípios vizinhos de Batalha e Porto de Mós e do CEPAE – Centro de Património da Estremadura. Na ocasião, foi decidido agendar uma reunião técnica entre os vários municípios, o CEPAE, a Universidade Sénior e o coronel Victor Portugal Valente dos Santos, com vista a equacionar a hipótese de operacionalização do caminho de D. Nuno. A sua sinalização e a realização de actividades de animação e divulgação são algumas das propostas a debater.

A conferência “O Caminho de D. Nuno” constituiu uma iniciativa conjunta da Universidade Sénior e da Câmara Municipal de Ourém, tendo sido proferida pelo coronel Victor Portugal Valente dos Santos, director emérito do Museu e Campo Militar de S. Jorge.

Na sessão de abertura, o Dr. José Alho salientou a importância desta “troca de saberes”, destacando a presença dos municípios vizinhos. Sobre as acções que a autarquia tem levado a efeito no âmbito da preservação do património, concretamente em relação à Capela de S. Sebastião, local intimamente relacionado com a passagem de D. Nuno por Ourém, adiantou que a autarquia vai levar a cabo uma intervenção de consolidação da ruína, de forma a lhe dar “mais dignidade e respeito”, para que “as próximas gerações possam ter contacto com esta presença histórica”.