domingo, 5 de dezembro de 2010

ECOS DA UNIVERSIDADE

SOBRE ENVELHECIMENTO ACTIVO

Pelas 15 horas do dia 24 de Novembro, na Junta de Freguesia de Nª Sª da Piedade, Joana Oliveira, a estagiar na Universidade, com o enfermeiro Sérgio Santos, colegas de mestrado, vieram falar-nos sobre “envelhecimento activo”.
A apresentação coube à Presidente do Conselho Executivo, Mª Graciete Baptista.
Interessante foi o modo como a Joana começou. No seu contacto diário com os alunos, a jovem estagiária referiu perguntas que lhe faziam, do género: “ vem ajudar-nos a envelhecer?” – o que a Joana aproveitou para ligar ao tema a tratar.
No desenvolvimento, falou no que pode acelerar o envelhecer, como a herança genética, o ambiente e os hábitos de vida.
No contexto da população mundial (6 mil e quinhentos milhões), Portugal aparece com 16,4% da camada sénior com mais de 65 anos, - um problema social que tende a agudizar-se, em que, com o decrescer da natalidade, vamos perdendo para outras culturas.
Ouvimos, depois, Sérgio Santos. Referiu as doenças mais comuns e os factores de risco associados: má alimentação, atitudes negativas, inactividade cerebral, falta de rastreios de controlo da saúde, o stress, a obesidade e o sedentarismo.
Mostrando a roda dos alimentos, frisou uma das formas de retardar o envelhecimento, com recurso aos legumes e cereais, e menos às carnes e aos lacticínios e seus derivados.
Uma nota interessante, aqui sobre os lacticínios. Ao contrário do que muita gente no sector da saúde recomenda, o leite não é das melhores fontes de cálcio e o que contém não é facilmente absorvido pelo organismo. Boa fonte é sim, e directamente, os legumes, sobretudo a couve roxa, e os cereais.
Acrescentaríamos nós também as algas marinhas.
Outra nota curiosa foi ter dito que o leite é para as crianças, e não para gente adulta. Acrescentaremos para os filhos, o leite das mães, - como o dos animais para as suas crias.
Dissertando sobre alimentação, apontou Sérgio Santos os recursos para o reforço das defesas, como os antioxidantes, os ómega 3 e 6, os esteróis vegetais e os bífidus activos.
Sobre atitudes e emoções negativas, é de realçar que todas concorrem para o enfraquecimento do sistema imunológico, como a inactividade cerebral que conduz à perda de neurónios e o consequente enfraquecimento da memória, levando o paciente à “doença Alzheimer”.
Para esta falta de uso da mente muito concorre, por ex., a TV, que é um dos meios mais utilizados pelos idosos para fugir à solidão.
Portanto, é preciso fazer uso da mente, puxar por ela, lendo, aprendendo coisas novas, outras línguas, exercícios de matemática, voluntariado, associativismo, fazendo várias coisas ao mesmo tempo, e viajando.
Também dormir demais não ajuda, e, para pessoas com mais de 50 anos, 6 horas de sono chegam.
Para terminar, houve algum espaço para esclarecimento de dúvidas.
De notar que a sala estava cheia de alunos, professores, amigos da Universidade e alguns seniores do “Lar da Bela Vista” do Pinheiro, tendo a professora Graciete Baptista agradecido, no final, a presença de todos.
MVR

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