segunda-feira, 21 de março de 2011


Quando a USO fechou o Janeiro em Lisboa

No sábado aprazado, 29 de Janeiro, pelas 8.00 da manhã, começaram os corajosos excursionistas a juntar-se no espaço frente ao jardim, no Centro Cívico.
Corajosos, sim, pois dizem as más línguas que o céu quase vinha abaixo com chuva da grossa, relâmpagos e coriscos! Humm... mau prenúncio, que felizmente mais não foi que isso mesmo: prenúncio apenas. É que, apesar de a viagem até à capital ter decorrido sob chuva intensa, o sol abriu mais tarde e acabou o dia quase primaveril.
Bom, pouco após as dez matinais, chegou a delegação da USO à Madre de Deus, onde se localiza o Museu Nacional do Azulejo.
Fomos recebidos pela Drª Dora Fernandes, que nos acompanhou por todo o impressionante espaço do antigo convento, enriquecendo a visita com competentes informações sobre a história e a técnica do azulejo e a sua importância na decoração e na arquitectura nacionais.
A ideia desta visita foi do Professor Tavares Lopes, grande especialista na matéria e que entusiástica e competentemente tem orientado as sessões sobre azulejaria na USO. Vários alunos e professores da USO puderam assim ficar mais esclarecidos acerca do assunto.
Para começar, a destacada historiadora desfez a ideia, por vezes generalizada, de que o étimo “azulejo” pudesse ter sido originado da palavra portuguesa “azul”. Nem faria sentido, pois os primeiros azulejos, logo no século XIII, nem eram azuis. “Azulejo” é vocábulo derivado do árabe “al zulaish” – pedra polida. Azulejo é uma placa de barro cozido, vidrado e pintado numa das faces.
Na deslocação para Cascais, o condutor escolheu o caminho da marginal do Tejo. Foi excelente, pois o cinzento do céu foi dando lugar a rasgões azuis e manchas de sol que nos encheram a vista e a alma. O estuário abria-se lindo e polvilhado de barcos à vela, num evento náutico maravilhoso.
E assim chegámos à Casa da Guia em Cascais, entre a Boca do Inferno e o farol.

Era a hora de sentirmos um pouco do delirante e onírico mundo da conhecida pintora Paula Rego, na Casa das Histórias, museu da autoria do arquitecto Souto Moura.

A fechar esta visita, seguimos para o Casino do Estoril, onde assistimos ao espectáculo de La Féria, “Fado - História de um Povo”.

Ourém, 21 de Março de 2011
J. Sousa Dias

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