segunda-feira, 2 de maio de 2011






CANTO GREGORIANO NA «COLEGIADA» DE OURÉM



Subir ao Castelo é recordar a história e penetrar também no panteão da memória ouriense.
Justamente num passado não muito distante, na antiga Sé de Ourém, os seus Priores com os demais dignitários - Chantre, Tesoureiro, uma dezena de Cónegos e outros membros e acólitos, - aqui celebravam, diariamente, cantando e rezando, as diferentes horas litúrgicas. Estas funções ocorreram, ininterruptamente, durante os 400 (quatrocentos) anos de vida da “Insigne e Real Colegiada de Santa Maria da Misericórdia de Ourém”, - assim era designada.
Quem conhece a história ouriense, sabe que após 310 anos de magnificência, a Colegiada de Ourém sobreviveu por mais 95 anos depois do terramoto de 1755 (com a reconstrução do templo) e das invasões francesas (apesar da selvática destruição), - tudo se extinguindo, de forma implacável, a partir dos decretos liberais de 1834. Os últimos proventos ou “dízimas” que sustentavam a mesma Colegiada foram encaminhados então para o Seminário de Leiria, em Fevereiro de 1850.
A Universidade Sénior, hoje, com seus objectivos de saber e reconstituição da memória colectiva, mais uma vez subiu a colina do Castelo, onde os alunos de Canto Gregoriano, orientados pelo Pe. Dr. Artur Ribeiro de Oliveira, em dois momentos solenes (8 e 17 de Abril), recordaram com gratidão pelo canto de “Vésperas” os actos que outrora cumpriam os Priores e os Cónegos da antiga Colegiada. De maneira brilhante e sentida o fizeram, novamente, os alunos da Universidade, entoando as diferentes peças, antífonas e salmos de “Vésperas”.
A presidir estiveram, em 8 de Março, os Párocos de Nª Sª das Misericórdias e de Nª Sª da Piedade, PP. Pedro Manuel Jorge Ferreira e António da Piedade Bento, – ilustres sucessores dos antigos Priores da extinta Colegiada de Ourém.


A. Rodrigues Baptista

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